A creatinofosfoquinase (K) é uma enzima presente nos músculos, no coração e no cérebro, sendo sua dosagem utilizada para diagnosticar doenças neuromusculares e cardíacas. “A realização do exame de K em recém-nascido pode identificar precocemente doenças musculares congênitas, permitindo um acompanhamento especializado e garantindo que medidas preventivas e terapêuticas sejam adotadas, aumentando significativamente a qualidade de vida da criança”, aponta o presidente da Câmara, vereador Rafael de Angeli (Republicanos).
O parlamentar enviou o Requerimento nº 782/2025 à Prefeitura, solicitando informações sobre a realização do exame de K em recém-nascidos no município. Em resposta, a Prefeitura informa que o procedimento não integra a lista de exames de rotina do pré-natal, sendo realizado por indicação médica em casos de gestantes com histórico ou suspeita de cardiopatias.
“Ressaltamos ainda que o exame de K é habitualmente indicado por especialistas como cardiologistas e clínicos gerais, e pode ser utilizado em recém-nascidos quando há indícios específicos de patologias musculares congênitas”, frisa o prefeito Dr. Lapena no documento.
Ele acrescenta que o acompanhamento pré-natal é realizado de forma sistemática e integral nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nos postos da Estratégia de Saúde da Família (ESF), conforme diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além disso, o prefeito Dr. Lapena afirma que “o município conta com estrutura laboratorial qualificada, incluindo os serviços da Santa Casa e de laboratórios privados conveniados à Secretaria Municipal da Saúde, que disponibilizam os resultados com agilidade, geralmente em menos de duas horas”.
De acordo com a resposta encaminhada, no Centro Regional de Reabilitação (CER), o Município também dispõe de pediatra especializado para a detecção de patologias musculares, bem como para a realização de estímulos precoces.
Em relação à existência de um planejamento para incluir o exame no pré-natal de rotina, ele explica que não há ações planejadas neste sentido. Quanto ao impacto financeiro, estima-se que o investimento mensal seria de aproximadamente R$ 5.400,00, totalizando cerca de R$ 64.800,00 ao ano, considerando a média de 300 nascimentos mensais no município.
“Ainda assim, esta istração mantém-se aberta ao diálogo e à análise de viabilidade para futura implementação, caso haja disponibilidade orçamentária e aporte de recursos adicionais”, conclui o prefeito.
“Sabemos que o diagnóstico precoce pode mudar completamente o futuro de uma criança com doenças musculares congênitas. Nosso objetivo com esse questionamento foi justamente abrir espaço para esse debate e buscar caminhos para fortalecer o cuidado com a primeira infância. Continuamos atentos às possibilidades de ampliação dos exames nos recém-nascidos, respeitando os critérios técnicos, mas sempre com foco na prevenção e na qualidade de vida das famílias”, afirma o vereador Rafael de Angeli.